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Foto do escritorDébora Coraça-Huber

Quem ajuda?

Atualizado: 7 de out. de 2021


Aconteceu comigo semana passada. Estava no trem, chegando em Innsbruck pela manhã, como faço todos os dias para ir ao trabalho. Quando o trem estava parando na estação, sentou uma moça ao meu lado com um ar meio perturbado. Assim que ela se sentou, eu me levantei, afinal era meu ponto de desembarque. Pra minha surpresa, a moça se levantou também. Ela também tinha que desembarcar. Mas aí logo percebi o porque de sua angústia. Ela estava passando mal. E no momento que parou na porta do trem pra esperar o desenbarque, caiu! Junto comigo, várias outras pessoas esticaram o braço pra segurá-la. Tiramos ela do trem. Deitamos-a em um banco. Do nada apareceu água, banana, abanador e mais um punhado de gente querendo ajudar. Assim que ela recuperou os sentidos, explicou que estava grávida, esclarecendo o motivo da quase queda. Como ela trabalha perto de onde eu trabalho, servi de compania da estação até seu escritório. No final fiquei com um sentimento gostosinho no peito por ter ajudado.

Depois disso, fiquei pensando em como somos solidários por natureza. Quando não temos tempo pra pensar, agimos de coração. Corremos ajudar. Podem prestar atenção. Se alguém cai na sua frente, se alguém sofre um acidente perto de você, todos correm pra ajudar disparando a tal pergunta: “tá tudo bem?”. A mesma coisa acontece após catástrofes naturais. Quase todo mundo morre, mas os que ficam ajudam gratuitamente uns aos outros. Isso me dá uma certa esperança. Como minha mãe costuma dizer, mostra que a humanidade ainda não está toda perdida!

Devemos deixar nossos corações falarem mais alto com mais frequência. A prática da solidariedade deve ser diária e não é brega como muitos pensam. E solidariedade não deve ser aplicada somente à desconhecidos que desmaiam em trens. Deve ser, na medida do possível, aplicado à todos. Dentro da nossa família, moradores de rua, crianças carentes, animais abandonados. Tem tanta gente neste mundo que se contentaria apenas com 10 minutos de papo furado. Não precisa sair dando esmola pra todos os pedintes (o que eu particulamente acho que não ajuda ninguém). Basta deixar o coração mais leve e encarar as pessoas como fontes de novidades e sabedoria.

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